Lavadouro Público e Gratuito nos Tanques da Dorna
"Jornal «A GUARDA» - Edição de 21-06-2007"
SECÇÃO: Guarda
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Tanques de lavagem da Dorna ainda são muito utilizados
Câmara Municipal da Guarda mantém a tradição do lavadouro público
Os tanques de lavagem da Dorna, localizados junto do chafariz com o mesmo nome, construídos no início da década de sessenta do século passado, continuam a ser muito utilizados por alguns habitantes da Guarda que optam por lavar a roupa naquele local.
A Câmara Municipal, ciente do carácter social e da importância do lavadouro público, mantém o equipamento de portas abertas e até disponibiliza uma funcionária para cuidar da sua limpeza e manutenção.
Maria Cândida é a funcionária da autarquia que nos últimos oito anos tem exercido funções no local, que é procurado por “pessoas novas e de idade”.
O lavadouro possui 48 tanques individuais, mas ultimamente só são utilizados cerca de metade, dada a diminuição do número de utentes.
“Na outra metade, as pessoas põem os tapetes, as passadeiras e os cobertores a secar”, explica Maria Cândida.
A utilização dos tanques é gratuita e segundo a funcionária “vêm cá novos e velhos”.
“Ainda agora, deu em vir cá uma senhora de 38 anos e no outro dia, quando cheguei, encontrei um casal ainda novo, da Estação da Guarda”, contou ao Jornal A Guarda. “Estavam os dois a lavar a roupa”, disse, salientando que em tempos “um rapaz madeirense também aqui vinha lavar a roupa”.
“Há pessoas que dizem que vêm aqui lavar a roupa porque têm de poupar dinheiro de alguma maneira e, lavando-a aqui, poupam na água e na luz”, acrescenta.
Maria Cândida refere que, em média, os tanques serão utilizados por “quatro a seis pessoas por dia”, mas tudo depende das ocasiões e da época do ano.
“Por exemplo, à quarta-feira, por causa do mercado, não costuma vir ninguém, mas nos outros dias há sempre aqui gente”, referiu.
Afluência aumentou nos últimos anos
A zeladora pelos tanques da Dorna também diz que nos últimos anos “tem aumentado a afluência de pessoas”, situação que justifica pela diminuição do poder de compra ou por episódios relacionados com avarias nas máquinas de lavar roupa.
“Se isto fechar as pessoas não têm outro sítio e têm que recorrer às banheiras de casa ou às lavandarias”, vaticina, acrescentando que existia outro tanque de lavagem de roupa nas proximidades do Jardim dos Namorados “mas cortaram a água e acabou”.
No seu dia-a-dia, a funcionária, para além de proceder à limpeza e manutenção do equipamento, também auxilia as lavadeiras.
“Faço a limpeza e ajudo as pessoas a enrolar e a estender as carpetes, os cobertores ou os tapetes”. “Sempre que me pedem uma ajuda, nunca a nego”, assegura.
Os tanques públicos de lavagem de roupa da Dorna, afectos ao Departamento de Equipamentos Municipais, são os únicos da cidade e a Câmara Municipal tenciona mantê-los e preservá-los. “É um equipamento a preservar, a manter e a requalificar num curto espaço de tempo”, garantiu ao Jornal A Guarda o vereador Vítor Santos, responsável pelo pelouro da Administração (Gestão de Pessoal e Modernização Administrativa).
O autarca assegura que “enquanto houver pessoas, o equipamento manter-se-á e a Câmara manterá ali um posto de trabalho”.
Vítor Santos observa que os tanques continuam a funcionar por duas razões: “pela necessidade das pessoas que o utilizam, que não têm outros meios, e pelo cordão umbilical ao passado”.
“Reproduzido com a devida autorização”
2 comentários:
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Já te tinha visitado 1º, amigo. Quando andava na pesquisa de "Inês Monteiro" ou "Lince Ibérico Extinto" naveguei neste link:
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